Buda na verdade não era alguém que se chamava Buda; a palavra Buda significa em sânscrito e em pāli (antigas línguas indianas) iluminado, ou desperto. Esse é um título dado no budismo àqueles que despertaram plenamente e conseguiram quebrar o círculo vicioso da vida (viver – morrer – renascer…).
O primeiro homem a atingir a iluminação, ou seja, o primeiro Buda foi Sidarta Gautama, um príncipe que viveu por volta de c. 560-480 a.C., no reino de Śākya, o que hoje em dia seria parte da fronteira do Nepal com a Índia.
Sidarta sempre vivera com muito luxo, tinha tudo do bom e do melhor, vivia em três grandes palácios, onde desfrutava das melhores comidas, bebidas, vestimentas e prazeres.
Por viver apenas alí, dentro de seus palácios, ele nunca tinha visto como era a realidade por trás dos muros, até que um dia resolveu sair sem que ninguém soubesse, e disfarçado viu um velho, um morto e um asceta*.
Aos 29 anos, o príncipe chocou-se com o que viu e resolveu se dedicar à prática espiritual e encontrar o fim do sofrimento. Largou tudo: os três palácios, esposa e filhos e partiu para uma vida de andarilho.
Ele passou a viver o oposto do que vivia, obrigou-se a comer cada vez menos, dessa vez esperava dominar o sofrimento. Mas ainda estava insatisfeito. Assim ele adotou o “caminho do meio”, buscando a salvação por meio da meditação.
Durante seis dias e sete noites permaneceu sentado debaixo de uma figueira, alcançou o Nirvana, uma realidade acima do tempo do espaço, assim ele não estava mais sujeito à lei do renascimento e ao carma. Porém, ele não atingiu a iluminação naquele momento para difundir seus ensinamentos, decidira então tornar-se o guia dos seres humanos.
Buda deu sua primeira palestra em Benares, com o famoso “sermão de Benares”. Diversos monges e mendigos seguiam Buda, e durante mais de quarenta anos ele e seus dicípulos vagaram pela região do nordeste da Índia.
Aos 80 anos, ele adoeceu e resolveu desperdir-se de seus dicípulos antes de morrer. Então disse:
“Talvez alguns de vós estejam pensando: ‘As palavras do mestre pertencem ao passado, não temos mais mestre’. Mas não é assim que deveis ver as coisas. O darma (instrução) que vos dei deve ser o vosso mestre depois que eu partir.“
Atingiu a liberação final, ou parinirvana, em um bosque da cidade de Kushinagara. Uma semana depois, seu corpo foi cremado e suas relíquias foram divididas, sendo preservadas em muitos relicários.
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*Pessoa que se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa com mortificação dos sentidos.
*Pessoa que se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa com mortificação dos sentidos.
tudo lindo por aqui ! parabens me segui la..
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